terça-feira, 21 de outubro de 2014

Livros proibidos pela Igreja Católica


Obras de autores da literatura e da filosofia como Thomas Hobbes, René Descartes e Victor Hugo fizeram parte do Index Librorum Prohibitorum - lista de livros proibidos criada pela Igreja Católica na Idade Média. O Index foi criado como uma defesa da Igreja diante da invenção da prensa (e consequente popularização dos livros) e da Reforma Protestante, que ameaçavam a autoridade católica. A primeira edição, oficializada em 1559 pelo papa Paulo 4º, tinha 550 obras censuradas. A 32ª e última edição, de 1948, tinha 4 mil títulos. Os livros reprovados (imorais ou contrários à doutrina) eram queimados. Em 1966, o documento foi extinto por Paulo 6º. Ainda assim, até hoje autoridades do clero podem emitir um alerta sobre os riscos de algumas publicações, o admonitum ("advertência" em latim). "Na prática, é um aviso de cuidado para os leitores sobre determinada obra", afirma Sergio Rodrigues, professor de teologia da PUC-PR. O Código da Vinci e Harry Potter são exemplos de livros não recomendados pela Igreja.

Os malditos Autores e obras que já estiveram no Index

LIBERDADE AOS FIÉIS

AUTOR - Thomas Hobbes

OBRA - Toda

O matemático e filósofo inglês foi listado no Index por acreditar que o medo leva os homens a serem submissos a uma forma soberana de poder (como a Igreja, por exemplo). Em O Leviatã, Thomas citou ainda que a adoração aos santos não era permitida pela Bíblia e que o povo seria induzido pelo papa a ouvir uma falsa interpretação do livro sagrado

A VIDA COMO ELA É

AUTOR - Gustave Flaubert

OBRA - Madame Bovary

Publicado em 1857, o livro é sobre uma jovem burguesa que trai o marido - tratar de adultério seria o pecado da obra. Flaubert também satiriza a burguesia ao narrar a vida entediante de Bovary e das pessoas a seu redor. O autor chegou a ser julgado na época, acusado de criar uma personagem ofensiva

LÓGICA INCÔMODA

AUTOR - René Descartes

OBRA - Toda

O autor da famosa frase "Penso, logo existo", em O Discurso Sobre o Método (1637), sugeria que só existe aquilo que pode ser pensado racionalmente. Essa ideia tende a excluir as dimensões da vida que não cabem no racional, como a fé. A possibilidade de encarar Deus racionalmente incomodava a Igreja

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